sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Santa Helena

"Santa Helena foi rainha e a mãe do primeiro imperador cristão, Constantino, o Grande."

Mas nada disso nos importa. O que importa é que nossa filha nascerá no Hospital e Maternidade Santa Helena, na Liberdade.


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Desde que me conheço por gente, o convênio médico do pessoal de casa é Unimed; hoje Unimed Paulistana. 
Nunca perguntei o motivo da escolha, só sei que eles aqui se arrependem dela, porque, vejam bem, os 
hospitais "menos piores" que meu plano cobre são Nipo Brasileiro, São Camilo e Santa Helena.
Não que sejam hospitais ruins, mas depois de taaaaaantos anos pagando convênio médico, quando mais preciso dele, tenho apenas essas três maternidades como opção; nada de um Pró-Matre ou coisa parecida. 

Pra ajudar na escolha, ainda temos que levar em consideração em quais desses hospitais o  Sr. Doutor Que Irá Parir Minha Filha se disponibiliza a fazer o parto.

(  ) Nipo Brasileiro
(  ) São Camilo
(X) Santa Helena 

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Bem, não restaram dúvidas sobre a maternidade que iríamos visitar, porque eu juro que não estava a fim de trocar de médico pela TERCEIRA vez só porque ele não atende nos outros dois hospitais (dos quais nem a maternidade eu conheço).

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Liguei pra agendar a visita no começo de setembro e eles só tinham data para o final de outubro. Seria um bom sinal? Não faço idéia...

Pra variar, chegamos alguns minutinhos atrasados, pois - não me lembro bem - deveríamos estar resolvendo alguma pendenga da casa.
Ali na sala de espera deveriam ter uns 20 casais, ou mais; nunca tinha visto tanta barriguda junto! 

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Pausa para confissões de uma grávida: desde  que a Luna "apareceu" em minha vida tenho sido mimada e agraciada das maneiras mais gostosas possíveis: em casa (e na casa da sogra, claro!), com mamãe (e Dona Otília) atendendo aos meus pedidos gastronômicos sempre que bate uma vontadezinha especial; no trabalho, com amigos trazendo coisas gostosas, conversando loucamente com a minha barriga e fazendo gentilezas como carregar algumas das 589 bolsas que levo de um lado pro outro todos os dias; pela família e amigos da família, dando presentes e sempre ligando pra saber como eu e minha pimpolha estamos; pelos amigos, presencialmente ou até mesmo com quem só converso online por falta de tempo de matar a saudade em encontros num sábado à noite. Todos esses mimos e agrados me fazem sentir tão única e especial... 

 
http://azulnuvem.blogspot.com/2008/05/gestao-e-gravidez.html

Mas confesso que ali durante a visita, no meio de tanto hormônio, me senti - e eu realmente era -  só mais uma. Só mais uma gravidinha visitando a maternidade do hospital, sabem? Eu estava ansiosa pra saber como seria o primeiro "lar" da Luna, mas também não via a hora de sair dali e me sentir especial de novo... 
Acho que fiquei mal acostumada, mas nem ligo, estou curtindo horrores essa fase que só (só?!) dura 9 meses.
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Bem, o andamento da visita foi um tanto quanto tumultuado. Pouco espaço pra muita gente, pouco elevador pra muita barriga...  Parecia todo mundo meio "doido" tentando chegar perto da "guia turística" do hospital, pra ouvir melhor o que ela dizia.
Passamos pela recepção, UTI neo-natal e quartos. Nada de grandes luxos, tudo bem simples, mas bem limpinho...

Conclusão quase óbvia: não rola dividir quarto com outra gorducha e seu catarrentinho, é muita falta de sacanagem! Quero um quarto só pra mim, Luna e Silvio; pra receber quem eu quiser, na hora que eu quiser... (Na verdade esqueci como funciona o esquema de visitas lá, preciso ligar pro hospital amanhã!) E pra isso precisamos preparar o bolso, pois será (mais) um extra que o tal do convênio não cobre.

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Sei que pesquisas comprovam, mas nesse dia tive a confirmação ao vivo: é incrível o número de grávidas que fazem cesária. Sei que cada uma "pode" ter seus motivos - idade, complicações na gestação, etc, etc - mas como eu quis parto normal desde o começo, é estranho tudo isso, parece que elas não querem nem tentar, nem saber se poderia dar certo... Tenho amigas que fizeram cesária sim, mas por necessidade. 

O que eu mais quero é que a Luna nasça a hora que quiser e que me dê uma ajudinha pra trazê-la ao mundo; mas começo a trabalhar desde já em mim que isso pode não acontecer. 

 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

De ponta cabeça...

Depois que mudei de médico e descobri que sim, eu poderia continuar com os exercícios físicos, comecei a tentar - vejam bem, tentar - caminhar 3 vezes por semana (ou pelo menos 2, ou pelo menos 1) já que moro ao lado de um parque.

Durante os primeiros meses de exercício, tudo OK. 
De uns dois meses pra cá, sempre que caminhava, sentia dores ali embaixo, sabem? ... Claro! Essa dor vinha no dia seguinte da caminhada e passada um dia depois. 
Mas "como a vida é uma caixinha de surpresas", de umas semanas pra cá comecei a sentir a mesma dor durante o dia, fazendo atividades mega cansativas como sentar, levantar, virar na cama... Essas coisas super difíceis para toda mulher que não carrega uma pequena bigorna dentro de si. 

Na sexta retrasada tivemos consulta com o Sr. Doutor Que Irá Parir Minha Filha e comentei com ele sobre essa dor. Numa super agradável examinação de toque (nada parecido com o parto em si, claro!) durante a consulta ele concluiu o motivo das dores, algo como: "Então, está doendo desse jeito porque a cabeça dela é que está aqui embaixo, ela já está encaixadinha..."



O.o

Olhei pro Sil com uma expressão do tipo: "Já?!?!?!?!?!!?!?!?"

Pois eh, minha gente... Minha filha já está toda apressadinha pra sair... Sei que alguns bebês ficam assim por dois ou três meses, mas né?! De agora até o final é só ladeira abaixo... 

Digo isso porque ainda falta tanta coisa pra ser feita! Ai! A casa ainda está sendo pintada e os móveis só chegam no final no mês... Se essa pimpolha nascer antes, ela terá que dormir dentro da banheira, ao lado da minha casa...
E outra, com todas essas coisas pra serem feitas PLUS trabalho, não rola descansar... E aí sim que o processo pode se adiantar...

Bem, temos ultrassom na sexta-feira e acho que por ele dá pra saber como ela está e se pretende dar um oi pra rapaziada mais cedo...

Prometo tentar escrever logo na sequência... 

Eu disse "Prometo"?





Doce sabor da gravidez


Juro que, se a contrapartida de estar grávida não fosse carregar uma barriga gigante, eu não acharia ruim que a gestação durasse alguns meses à mais. Falta tão pouco pra Luna nascer... Justo agora que eu estava me acostumando com a vida cheia de mimos e privilégios...
E são os pequenos gestos que fazem a diferença.
Uma amiga do trabalho foi passar uns dias em Buenos Aires, mas assim como a maioria do pessoal da "firma", não consegue ficar desconectada, offline - mesmo que seja pelo celular - e enquanto estava em solo Argentino, seu nick no gmail era "Buenos Aires" (ou coisa parecida).
Acho que a gravidez me deixou um pouco mais cara-de-pau do que o normal, pois, assim que a vi online,  sem pensar, digitei: Mari! Traz um alfajor pra mim?
E pra minha surpresa, sua resposta foi: Claro! Você acha que eu deixaria uma grávida com vontade de alfajor?!
Confesso que a primeira coisa que pensei assim que a Mari entrou na sala do trampo foi na "promessa" sobre o tal alfajor; mas achei que eu deixaria claro minha incrível gula se tocasse no assunto com ela; deixei quieto e esqueci o assunto.
Um pouco antes de ir embora, enquanto trabalhava concentrada na edição de um vídeo, sinto um pequeno pacote ser levemente arremessado ao lado do meu computador. Ao olhar por cima da baia da minha mesa, vejo Mari Man sorrindo e olhando pra mim.
Nem quem tem 30 anos de prática com tricô tem mãos tão rápidas quanto as minhas para abrir um pacote quando já suspeito de seu conteúdo... E eis que um delicioso alfajor originalmente argentino surge, num lindo papel dourado!

Como eu não sabia quando teria o prazer de saborear uma iguaria daquelas novamente, o dividi no meio e comi metade no mesmo dia e metade no dia seguinte.
Obrigadíssima Mari, pela delicadeza da lembrança...
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Para adocicar ainda mais o post, uma coincidência açucarada:
Meus avós e meus tios foram passar uma semana adivinhem onde? Buenos Aires!!!
E adivinhem o que trouxeram pra mim e pro Sil? DUAS CAIXAS de alfajores!!!! Ok, ok, terei que dividí-los com o Sil e prometo comer moderadamente, metade de uma unidade por dia...
Mas é tão boa a sensação de ter DUAS CAIXAS de alfajores argentinos no armário do meu quarto...
Ai, doce sabor da gravidez... Que dure para sempre, ou pelos próximos 3 meses...

Respiração, alongamento e equilíbrio

Eu sei que a prática da Yoga não se limita apenas a respiração, alongamento e equilíbrio, mas são exigências constantemente presentes durante a aula.

Tenho uma grande amiga que é professora de yoga há 7 anos e resolvi procurá-la quando estava, mais ou menos, com dois meses de gravidez. Ela me orientou a esperar mais um pouco, até completar 3 ou 4 meses de gestação para dar início ao trabalho.

Mas minha vida andou (e anda) tão absurdamente corrida desde então que só consegui me organizar para começar as aulas agora, há um mês atrás, já de 28 semanas! 

Antes tarde do que nunca...

Confesso que é um tanto estranho ter sua amiga como professora; a postura é outra, o clima é outro; a intimidade aqui se perde um pouco... Mas por outro lado me sinto segura por conhecê-la há tanto tempo e saber que estamos - eu e Luna - em ótimas mãos.

São exercícios que mexem com o corpo todo: uma simples posição aumenta sua respiração e faz seu sangue circular mais rápido.

Descobri que, com muito esforço e dedicação consigo respirar apenas pelo nariz durante pelo menos uma hora. Descobri também que ainda tenho equilíbrio e alongamento para algumas posições, mas que estou bem enferrujada para outras.

O mais difícil mesmo é acordar 05h30... A aula começa às 07h e fica em Higienópolis, eu percorreria a distância facilmente em 15 min, mas tenho uma Radial Leste a enfrentar; então preciso sair de 06h10, no máximo, para não chegar tarde...

Não sei se pelo horário, pelos movimentos ou pelo ritmo respiratório, mas a Luna sempre ficou quietinha nas aulas, relaxada...

Antes tarde do que nunca e fico sempre mentalizando que as aulas me ajudarão MUITO, principalmente na hora do parto...

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Bem, a gente usa os filhos para um monte de coisas, ainda mesmo antes de nascerem.

Como "desculpa" para os (leves) inchaços nos pés - e também como orientação da nutricionista - decidi que seria justíssimo bancar umas sessões de drenagem linfática.

Fiz um pacote de 10, uma por semana, até, mais ou menos, a 37ª semana de gravidez. Claro que, como mãe que estou me tornando (será?), tive o maior cuidado do mundo pra escolher o local e o profissional que iria colocar as mãos em mim.

Minha avó faz massagem e fisioterapia com uma moça ali na Penha tem algum tempo já e me passou o contato. Numa conversa por telefone, ela - Adriana - me disse que era fisioterapeuta e que a maioria de suas pacientes eram gestantes ou estavam em recuparação de alguma cirurgia. Topei!

Nossa! Nossa! Nossa! Como é bom! Uma hora inteirinha de massagem "leve", relaxante... É tudo - ou quase tudo - que eu preciso ao final de uma semana louca de trabalho e coisas a resolver. Jeito delicinha de começar bem o final de semana (igualmente sempre louco, com mais mil coisas a resolver)...

Mamães de plantão que porventura passem por este post: suuuuuuuuuuuuuuper aconselho.