quarta-feira, 21 de setembro de 2011

23/08/2011 – Sentido do dia: tato

Amor, cuidados e estímulos. Tudo o que um bebê precisa.
Fazemos todos os dias muitas coisas repetidas com a Luna. Se não fosse pela constância, repetição e paciência ela não teria aprendido a sentar, ficar de pé, virar de bruços, segurar os brinquedos e mais um milhão (ok, exagerei um pouquinho) de coisas que ela já consegue fazer.
E aqueles livros infantis sobre estimulação – pra variar – falam da importância de algo que parece bobeira, mas não é; apresentar pro bebê o mundo das diferentes texturas.
Mãe de primeira viagem que não quer deixar nada escapar que sou, fui logo providenciando uns conhecidos livrinhos de animais com imitações de pêlos, escamas, peles e penas.
Mas isso já tem mais de três meses. E todo dia eu sentava Luna no meu colo, abria o livrinho e era assim: “Luna, olha o coelhinho! Vamos passar o dedinho no pêlo dele?” Aí eu passava meu dedo, pegava o dedinho dela e fazia o mesmo. Quando mudava a página, fazia a mesma coisa, mas antes de segurar seu dedinho, esperava pra ver se ela fazia sozinha.
Só que assim, até hoje, a reação dela era indiferente; ela me deixava segurar seu dedo por dois segundos e depois puxava a mão; e passar sozinha, nada!
Não sei se são todos os bebês, mas Luna, muitas vezes, presta mais atenção na minha voz quando eu cochicho do que quando falo no tom normal; ela deve achar aquele som meio estranho e fica quietinha, concentrada escutando.
E hoje fiz assim, passando o dedo no pêlo do coelhinho, falei baixinho, bem perto do ouvido dela: “Olha que macio, filha; passa o dedo aqui pra você ver.” E não é que ela apoiou aquele dedico gordinho ao lado do meu e começou a dobrá-lo e esticá-lo? 
Aí vem meu momento ‘estraga a brincadeira’, porque assim que percebi que ela tinha feito o que estava estimulando há meses, tirei o livro do colo, abracei e beijei minha cria aos montes, numa alegria só! Passado o surto de felicidade, peguei o livro de volta e fizemos a mesma coisa com os outros bichos.
E é assim, nessas pequenas-grandes evoluções que vou sentindo mais orgulho da minha pequena a cada dia que passa. E tem tanta coisa por vir ainda que acho que meus dedos não darão conta de contar.

Beijos estalados no ar.

Há algumas semanas Silvio começou a fazer barulho de beijo com a boca, e Luna não tirava os olhos dele enquanto os fazia.
Um dia, ela começou a reproduzir o som enquanto estava na escola e as Tias deram um significado para aquela brincadeira: mandar beijos.
Hoje ela já está com uma prática incrível, parece uma metralhadora disparando beijos o dia todo. Tem dia que já acorda nos presenteando com seus beijinhos estalados. Deliciosa!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

03/09/2011 – Abandono de menor

Parecia um show inocente. Ir prestigiar um amigo do trabalho que iria tocar em Pinheiros numa sexta-feira á noite.
O plano era: deixar Luna com meus pais, jantar comida mexicana no El Kabong, atravessar a rua e entrar no pub de rock pra passar a couple of hours, pegar Luna na minha mãe e ir pra casa descansar o que fosse possível, já que Luna acorda lá pelas sete da manhã, cheia de energia.
Tudo correndo como combinado... Até a banda começar a tocar.  Ajuda o fato de o show ter começado meia noite e meia, uma hora e meia depois do previsto.  E sabe como é. Estava gostosinho, e fomos ficando e ficando. Quando deu o intervalo da banda, não haviam tocado nenhum rockabilly, ou qualquer variação dele. E hoje em dia, uma das minhas maiores frustrações é sair esperando dançar, uma música que seja, e não conseguir nem dar um giro sequer na pista. Mas precisávamos voltar, pegar Luna e dormir, caso contrário, estaríamos um bagaço no sábado.
E daí que, pra ficar mais no show, veio a brilhante idéia do Silvio de deixar Luna dormindo na minha mãe, ir pra casa e encontrá-los no sábado na hora do almoço.
O quê?! Ir pra casa sem minha pequena, dormir sabendo que minha pequena não estaria no quarto ao lado, acordar sem ela em casa?! Nunca! Não!!! Não!! Não! Não? Por que não? Afinal, ela estava na casa da minha mãe, dormindo limpinha, alimentadinha e quentinha e provavelmente não acordaria pra nada de madrugada. Mas e eu? Ficaria órfã de filha?! Pensando bem, Luna é a bebê mais maravilhosa do mundo, não tenho do que reclamar; mas a rotina me faz chegar na sexta-feira só o pó da rabiola e poder dormir até x horas não seria nada mal.
Telefonema dado, sugestão aceita pela avó de Luna. E a noite continuou com um bom rock n’ roll.
Chegamos em casa no meio da madrugada, sem neném pra tirar do carro ou mil bolsas pra carregar; sem neném pra colocar no berço, dar beijo de boa noite e fazer um carinho. Acordamos lá pelas tantas da manhã, sem choro de neném, sem fralda pra trocar ou mamadeira pra dar.
Gostoso? Relaxante? De jeito nenhum! Senti um vazio no peito sem tamanho. A casa parecia sem vida. Que coisa mais esquisita. Só sei que comecei a apressar o Sil pra sairmos logo e ir encontrar Luna na casa da minha mãe. Reencontro com abraços apertados e com afirmações categóricas de que isso demoraria anos para acontecer novamente.
E todos foram felizes para sempre... Até o final de semana seguinte.
Dois convites no mesmo dia: aniversário de uma neta da amiga da minha mãe e jantar japonês com um casal de amigos. Os horários permitiram conciliar as duas coisas, nesta ordem. A idéia era levar Luna no jantar, pois, tirando o fato dela querer colocar na boca tudo que estivéssemos comendo, poderia ser um passeio bem tranqüilo.
E nesta noite dois fatores influenciaram o meu distanciamento de Luna até o dia seguinte: os avós dela insistindo pra que deixássemos Luna com eles até o final da festa e aquele tal cansaço que bate no final da semana, sabem? E mais uma vez aconteceu o tal telefonema: Mãe, posso deixar Luna dormindo aí na sua casa e pegá-la amanhã na hora do almoço?
Estou até vendo, assim que Luna aprender a falar, ela vai pedir pra ligar pra polícia e nos denunciar por abandono de menor.

02/09/2011 e 16/09/2011– Meus primeiros dentinhos

Quem achou o primeiro dentinho de Luna foi a Tia Ju, da escolinha. Era só um risquinho branco naquela gengiva rosada, mas era lindo de viver! Segundo minha mãe, a tradição é dar um presente a quem o achou. Então, na correria do dia-a-dia, tinha em mãos um pacote de bolinhas de chocolate e foi esse o super presente essa a lembrancinha. Fazemos o que podemos. Aí, duas semanas depois, minha sogra me diz que a tradição é justamente o oposto: quem acha o primeiro dente do bebê é que tem a obrigação (ah tá!) de dar uma jóia (ah tá!) pro pequeno ou pra pequena. Essas tradições me deixam louca.
Mesmo com toda a simpatia da minha filha, é um tanto difícil ver seu projeto de dente. Se tentar forçar, puxando o lábio inferior pra baixo, aí é que ela faz força ao contrário e fecha a boca. O jeito é aproveitar seus sorrisos e seus beijos estalados no ar pra apreciar o novo elemento da minha dentucinha.
Mas Luna já tem dois dentinhos aparecendo. E quem achou o segundo? A mamãe aqui! Foi na sexta-feira passada, no carro, indo levá-la para a escolinha. Num dos largos sorrisos de Luna, percebi um risquinho branco à mais em sua gengiva. Assim que ela sorriu de novo tive a confirmação, nasceu o segundo dentinho da minha branquelinha!
Até duas semanas atrás, eu a colocava no meu colo, de frente pra mim e dava meu queixo pra ela morder, pois sabia que isso ajudaria a coçar a gengiva, já que meu queixo é fininho o bastante pra ela dar uma boa mordida. E era uma delícia sentiar a pressão de suas gengivas. Mas assim, agora que ela já tem duas pequenas e finas serrinhas na boca, acho que vou repensar essa estratégia. Pode ser?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

29/08/2011 – Cadeirinha nova, mundo novo

Berço, banheira, cesta com kit de higiene e bebê conforto. Esses foram os itens “pesados” que ganhamos da família para dar todo o suporte que Luna precisa; doados do Guga (meu afilhadíssimo de três anos) e da Angelina (sobrinha do Silvio, de dois e meio).
Vamos focar no bebê conforto.  Luna, no auge de seus sete meses e meio, só passeou tanto, conheceu tantos lugares e visitou tanta gente graças à ele; herdado da Angelina .
Hoje, se colocarmos as duas perto, a diferença de peso não passa de uns 4 kilos. Então, com esta informação fica fácil de entender que, pra Angelina, o bebê confortou durou até um ano e meio, pelo menos e Luna já não cabe mais na “cadeirinha de mão”. Isso, pois minha filha é “mais grandinha e gordinha” do que os bebês da sua idade e a prima era muito miudinha até algum tempo atrás. Ou seja, impossível esperar Angelina não caber mais na atual cadeirinha do carro, pois acho que isso irá demorar um tantico ainda. O que nos obrigaria a comprar uma nova, anyway.
E agora temos um pequeno complicador: o bebê conforto era móvel, ou seja, com facilidade o tirávamos de um carro e o colocávamos em outro. Agora nunca mais! É uma pentelhice tão grande prender a cadeirinha no carro que fica inviável tirá-la de lá até a hora de trocar pra uma maior. Portanto, teríamos que roubar comprar outra cadeirinha, pra deixar no carro da minha mãe, já que ela pega Luna na escola com certa freqüência. OMG!!!
Mas assim, sorte pouca é bobagem. A (santa) chefe da minha amiga e sócia - que nos deu de presente um álbum lindo com fotos da Luna, MAS NUNCA FOI VISITÁ-LA - estava doando a cadeirinha do seu carro, já que, “o filho dela está gigante e não cabe mais”, segundo palavras da minha amiga. Sininhos tocaram ao meu redor quando Silvio disse que estava indo encontrar com ela pra pegar a cadeirinha que ficaria no carro da avó da Luna.
Pronto, um problema a menos. Mas ainda faltava um carro pra ser equipado, o nosso! E dois milagres não acontecem assim, com os mesmos pais de primeira viagem. Fomos ao shopping no sábado e já resolvemos essa pendenga. Chega de sofrimento.
Tudo isso pra dizer que a partir de ontem o mundo mudou pra Luna. Ela vê tudo passando de outro ângulo; não deitada, de costas, mas sentada e virada de frente. A caminho da escola, não me deu nem bola, ficou ali com aquela cara de extasiada e só queria saber de olhar pela janela. Olhava de um lado pro outro, pra entender o que se passava.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pelo tempo que durar...

Estava ouvindo esta música ontem, voltando do trabalho e pensei na Luna.

Pelo tempo que durar - Marisa Monte

Nada vai permanecer
No estado em que está

Eu só penso em ver você
Eu só quero te encontrar


Geleiras vão derreter
Estrelas vão se apagar

E eu pensando em ter você
Pelo tempo que durar


Coisas vão se transformar
Para desaparecer

E eu pensando em ficar
A vida a te transcorrer

E eu pensando em passar
Pela vida com você


sábado, 3 de setembro de 2011

28/08/2011 – Teatro de fantoche


No sábado passado fizemos mais uma aquisição: compramos um fantoche, uma bruxinha simpaticíssima. A idéia era ter mais de um personagem, pra facilitar a contação de histórias. Mas como o preço não era de faz-de-conta, escolhemos a bruxinha e vamos contar que a imaginação atue na variedade das estórias.
Coloquei a boneca na mão comecei a “conversar” com Luna; mas esqueci de mudar a voz. No instante seguinte, Silvio me interrompeu, mostrando como a brincadeira funciona. Confessei que ele era melhor do que eu nisso e ficou combinado que ele faria um teatrinho pra Luna quando chegássemos em casa.
Que orgulho do meu maridinho. Este foi o resultado.

17/08/2011 - Parabéns com palminhas


Palminhas na festa de um ano garantidas!

Como tudo que faço com a Luna, no começo eu cantava uma primeira vez batendo palmas e na segunda vez, segurava suas mãozinhas e fazia Luna bater palminhas. E um belo dia, ela começou a bater palmas sozinha assim que eu começava a cantar. Repetição é a palavra de lei. Mas tem uma pessoa que teve papel fundamental no desenvolvimento desta habilidade da pequena.

No final de julho, passamos uma semana dormindo na casa da Dona Otília, em Perus, porque Silvio pegou um job no Jaraguá.  Nós dois passávamos o dia inteiro fora, trabalhando e Luna ficava com os avós. Como Dona Otília tinha que cuidar dos afazeres da casa, Luna ficava bastante tempo com o avô. E sabem e qual era o estímulo dele pra ela bater palminhas: “Timão, êo. Timão, êo.” Pois bem, acho que funcionou, pois foi logo depois disso que ela me encheu de orgulho mais uma vez. E hoje em dia é uma coisa de louco, bate palminha com música ou sem música. Adora!

27/08/2011 - Papel

Mais uma brincadeira pras nossas noites de semana ou nos finais de semana: papel colorido. O mais legal é amassar, fazer barulho, fazer bolinha e jogar pra ela. Recomendo.


20/08/2011 - Subindo

Luna já fica de pé sozinha. Não dá pra descuidar um segundo, mas está ficando com as pernocas fortes como um tourinho.


01/09/2011 – Diu


Está feito, fábrica fechada pelos próximos 2 ou 3 anos.  Passei o dia de ontem no Hospital Alvorada e fiz uma pequena cirurgia pra colocar o Diu.
A escolha foi feita por alguns motivos: não tenho resistência à pílulas, mesmo as de baixa dose hormonal me fazem passar mal; não confio em injeção, já que uma prima da minha mãe engravidou por conta de uma injeção mal aplicada; não topo mais usar o adesivo, já que engravidei na época em que o usava; com o Diu não precisarei me preocupar com nada por um bom tempo; sem contar que o preço sai mais em conta.
A primeira tentativa de colocar o “T” foi no próprio consultório, já que seria um procedimento bem simples. Mas, como nada na vida é fácil, meu útero não quis ajudar. Quando o Dr. Thomas encostou o Diu no tal órgão, ele se fechou e não foi possível  a inserção. A única opção seria agendar uma micro-cirurgia e colocar o dispositivo intra-uterino no hospital.
Muitos exames depois, muita burocracia com papeladas e autorizações depois, tudo foi feito ontem. No hospital das 06h30 às 18h30, para uma cirurgia de meia-hora. Mole da anestesia geral, passei a tarde dormindo e acordando. Comidinha de hospital e overdose de Globo, já que, para mudar de canal, a única opção era chamar a enfermeira.
Agradeço imensamente à Dona Otília, sogra querida que me acompanhou durante o dia de ontem. E o lance não foi só ir até o hospital ficar tomando chá de cadeira por 12 horas. Ela teve que vir de Perus, dormir no sofá de casa, acordar ás 5 da matina, sair no frio, andar do estacionamento até o hospital,e passar o dia sentada em uma poltrona, numa baia de 4x4, comer comida de hospital e ficar preocupada comigo, pois demorei além de ficar ausente durante a cirurgia, demorei pra voltar por conta da recuperação.
Obrigada também ao Gera, pai do Sil, que foi até lá nos buscar, dirigir meu carro, pois saí do hospital ainda meio grogue.
Obrigada à minha mãe, por ter cuidado da pequena durante o dia todo, chegando em casa às 06h30 da manhã, pra levá-la na escola e ficando com ela até eu chegar de volta.

20/08/2011 – Backyardigans

E o primeiro vício da Luna é: Backyardigans.
Estou voltando no tempo. Meu afilhado, hoje com 3 anos, era adorava quando era bebê. Eu assistia com ela, mas nunca me interessei muito; e na época, eu não imaginada duas coisas: que teria uma filha tão logo e que ela iria adorar Backyardgans também.
Desde que Luna nasceu, sempre que possível deixamos a TV ligada no Discovey Kids. A programação é bem variada; Luna se interessa e assiste – não ininterruptamente – quase todos os desenhos. Mas há umas semanas atrás, é só começar a música da abertura de Backyardigans que Luna pára o que está fazendo pra olhar para a televisão. Teve um dia que ela estava sentada no meu colo, de costas para a TV desligada; quando comecei a cantar, ela imediatamente se virou pra trás. Coisa séria... Pra ajudar, meu pai gravou um DVD com quatro episódios. Já assisti tantas vezes que decorei algumas das musiquinhas.
E os caras sabem o que fazem, não? Acho que é o desenho mais colorido e musical que existe. Os personagens são grandes e preenchem a tela, cenários cheios de cor, melodias gostosas e danças que parecem ser feitas por seres humanos.
Pra quem não conhece, a abertura:

27/08/2011 – Sentido do dia: paladar


Acho que foram os espíritos do lugar, só pode.
Sábado teve uma mega (mega!) festa de rua do Centro Espírita Perseverança. Eu já fui à outros centros espíritas e, mesmo não freqüentando mais, acredito muito na doutrina. Silvio não tem religião, mas como foi um convite dos nossos vizinhos queridos, ele topou na hora.
O calor estava arrebentando e entre as dezenas de opções do “cardápio” da festa, havia a casa do sorvete. Nossa escolha foi uma taça de sorvete de creme com calda de frutas vermelhas.
Com a bondade de uma família que nos deu lugar em uma das mesas, conseguimos sentar; Silvio em uma cadeira, segurando o sorvete e eu em outra, com Luna de pé no meu colo. A cada colherada que o Silvio dava na minha boca, Luna arregalava aquele olhão verde escuro e fitava a colher como se fosse um objeto mágico.
A aí que a moça que estava limpando a mesa viu a cena e sugeriu: “Por que vocês não dão um pouquinho pra ela?”
A princípio aquela frase me pareceu absurda. Como assim dar sorvete pra um bebê de 7 meses?! Pra que apresentar à ele produtos industrializados desde tão tenra idade?! O que aquele sorvete realmente tinha de nutrientes?!
E a minha resposta imediata foi: Não, ela ainda é muito novinha. A senhora insistiu: Só um pouquinho, pra matar a vontade.
E foi aí que os espíritos do lugar agiram, só tem essa explicação, porque rolou um olhar mútuo de consentimento entre eu e Sil.  Ele molhou a pontinha da colher na parte derretida do sorvete e deu pra Luna, que já abriu o bocão ao perceber a colher se aproximando. Só não me assustei com ela lambendo os beiços porque era de se esperar.
E a gente sabia que se desse uma colheradinha, teriam que vir outras e outras, porque a criança ficou num estado de excitação digno de foto. O bom é que ela está numa fase que, quando acabou, acabou; ela se dá por satisfeita e segundos depois esquece o ocorrido. Quero ver mais pra frente...

29/08/2011 – Primeira reunião de pais


Cantar músicas de criança, descrever nossa rotina, descrever a rotina de Luna na escola, receber seu primeiro livro de atividades, ler seu relatório e contar, como está sendo pra nós a experiência da Luna na escola.
Esta foi a programação da nossa primeira reunião de pais. Reunião de pais! Euzinha, participando de uma reunião de pais. Acho que pisquei e a vida passou. Mas com a filha que tenho, dá um orgulho danado estar ali, sentada naquele chão de E.V.A. “representando” a Luna.
Não sei dizer o que diretamente me fez ser assim, mas acho que sou diferente das outras mães. Todas muito simpáticas, coisa e tal. Mas durante a explicação da Tia Cris sobre o cronograma de atividades das crianças, tinha uma ou outra que não parava de interromper, pra ficar falando do filho. A galera não se toca sabe? Sei que é uma delícia ficar falando da cria, mas tudo tem hora, né minha gente?
Um detalhe: os pais não deveriam levar as crianças para a reunião. Aí eu pergunto: quem ficaria com a Luna se a avó dela é a coordenadora pedagógica da escola? Hein? Hein? A família do Silvio mora a 41 km de casa; meu pai trabalha em Sorocaba e meu irmão tem aula de inglês à noite. A saída foi negociar com a diretora pra deixar Luna com minha mãe, circulando pela escola, já que iriam acontecer reuniões em todas as salas. Feito! Luna no carrinho, andando de um lado pro outro. Resultado? Soninho de fim de tarde.
Algo me diz que serei presença confirmada em todas as reuniões.

Não é a mamãe.


Nota rápida.
Fomos deixar Luna na escola agora de manhã e, por ainda ser cedo, a Tia Paty veio pessoalmente buscá-la na porta.
A expressão de felicidade que minha filha fez quando viu a Patrícia foi... foi... Não sei dizer. Uma coisa eu sei: que ela estava no MEU colo e se jogou pro colo da Paty; e quando eu a chamei de volta, ela não quis vir.
Oi?
Uma mãe na reunião de pais ontem disse que com o filho dela a coisa ficou tão séria que ela chegou a “ameaçar” a Tia Cris: se o Guilherme continuar preferindo você, eu tiro ele da escola.
Entendo que as tias do berçário são incríveis e cuidam de nossas crias como se fossem delas. Entendo que passam, pelo menos de dia de semana, cinco vezes mais tempo com nossos bebês do que nós. Mas será que com sete meses e meio os bebês ainda têm o instinto de saberem quem são suas mães pelo cheiro? Ou será que isso já passou? Será que agora, pra Luna, a mãe dela é quem passa mais tempo com ela?
Oh vida! Vou ali me sentir abandonada e já volto...

Um cheiro da Tia Paty na Luna.


18/08/2011 - Banho em família


Não foi nosso primeiro banho em família, mas foi o primeiro neste “layout”.
Quinta-feira, dia quente. Quente demais pra deixar a Luna dormir sem tomar um banho gostoso à noite. Num dia como este, ela transpira muito nos seus cochilos matutinos e vespertinos e nada como passar a noite mais fresquinha, com uma roupa limpinha.
Decisão tomada, hora de preparar tudo.
Foi quando Sil teve uma de suas ótimas idéias: vamos tomar banho com ela? Por que não? E o layout foi assim: banheira no chão, no meio do box, eu espremida de um lado, Silvio de outro. Banho de chuveirinho; e ela ficava tentando pegar a água que caía na frente dela.
Gostoso, bem gostoso. Com o cuidado de molhar constantemente o corpinho da pequena.  E que venha o verão, pra isso se repetir mais muitas e muitas vezes.