segunda-feira, 3 de outubro de 2011

30/09/2011 – O resfriado, a febre e o primeiro banho de balde

Minha tia por parte de pai tem um filho de três anos - meu afilhado lindo! Pela diferença de idade, e por ter guardado “tudo” que o Guga usou quando nasceu, ela simplesmente nos deu o berço, a banheira, o cestinho de higiene e a poltrona de amamentar. Só! Pouca coisa... Mas eu acho que já falei tudo isso...
E daí que, como se não bastasse, antes da Luna nascer ela perguntou o que estava faltando no enxoval da pequena, pois queria dar um presente “de verdade”.  Nas minhas pesquisas incansáveis pela Internet fiquei sabendo de um tal "balde pra bebê".
Tenho amigas que dão banho em seus bebês nele, mas eu via aquele acessório mais como um ofurô em miniatura. Pra ser usado naqueles dias de calor, quando você já deu banho na criança, mas quer refrescá-la no final do dia, pra ela possa dormir fresquinha.
O tal balde chama-se TummyTub e tem algumas características próprias: “o plástico usado é transparente, para facilitar a visualização do bebê; não é tóxico; não existem arestas cortantes; a sua base é antiderrapante e na parte inferior há um centro de gravidade que permite grande estabilidade e segurança; o fato de ser um reservatório de reduzidas dimensões permite poupar água e energia, mantendo-a quente durante cerca de 20 minutos.” Enfim, conheço pessoas que optaram por usar um balde comum, mas como minha tia estava disposta á dar – e não faltava praticamente mais nada no enxoval da Luna – achei que seria um presente útil.
Luna nasceu em pleno verão e logo no primeiro mês de vida tentamos fazer a experiência... Frustração! Luna ainda era tão molinha que ficamos morrendo de medo de machucá-la; ela parecia meio desajeitada ali dentro, sem contar que o banho teria que ser em dupla: um segurando a cabeçinha e o outro fazendo o resto. Deixamos o balde de lado.
O tempo foi passando, Luna ficando mais firminha a cada dia e o frio batendo na porta na medida em que o ano avançava. E foram meses de um inverno que não passavam, meses onde Luna usou poucas vezes as roupas de calor.
E na semana passada alguma coisa me fez lembrar do balde. Lembrança triste, pois eu tinha certeza que Luna não caberia mais ali, e se coubesse, não iria querer ficar. Mas prometi que iria tentar mais uma vez, pra não dizer que abandonei o balde sem ter a confirmação se poderia dar certo ou não.
Recebo um telefonema na sexta-feira passada. Era da escolinha, dizendo que Luna estava com febre e perguntando qual seria minha posição. Pedi que dessem Paracetamol e ficassem de olho pra ver se a febre abaixava. Como Silvio estava em casa, ele foi buscar nossa pequena mais cedo. Assim que chegaram em casa, ela adormeceu no sofá, aparentemente com a temperatura controlada. Cheguei e ela continuou dormindo. Meia-hora depois, aproximadamente, ela acorda quente, com um pouco mais de 37° de febre.
E foi aí que eu lembrei que poderíamos dar um jeito nessa temperatura de uma maneira diferente. Balde com água, Luna pelada; hora de tentar encaixar uma coisa na outra. Foi indo, foi indo... Uma coisa meio: “Onde minha mãe está me colocando?! Um pouco apertado pro meu tamanho, não acham? Hum, mas dá pra ficar aqui sim...” Demos os brinquedos do banho e ela ficou ali, mordendo a abelha de borracha e girando a bolinha.
A experiência foi tão boa que a repetimos no dia anterior, depois de um sábado quente e uma Luna grudenta no final da tarde. Gostaria de ter retomado o acessório bem antes, assim que ela já estivesse com a coluna mais firme. Mas não rolou, acontece nas melhores famílias... Assim, posso “apenas” compartilhar aqui os momentos "Balde já com oito meses e meio”, mas fica a dica para as mais corajosas: com o tempo bom e a coluna mais firminha, banho de balde neles.

29/09/2011 – Bebê rockabilly

Sinceramente, não me recordo se já comentei em algum texto o nosso gosto - meu e do Silvio - por rockabilly (é um dos primeiros subgêneros do rock and roll, tendo surgido no começo da década de 1950). Na verdade, nos conhecemos nesse meio: eu, uma recém envolvida com o estilo de dança e Sil, o professor que foi indicado por uma amiga para me dar aula de aéreo (qualquer passo que a mulher saia do chão). Mas isso é outra (longa, longuíssima) história.
Acontece que, desde que engravidei, a freqüência das saídas para sacudir o esqueleto diminuíram consideravelmente; mesmo! Durante a gestação de Luna foram dois ou três vezes; e mais dois ou três depois que ela nasceu. Pra quem ia todo santo final de semana dançar, é uma diferença gritante. Esses dias atípicos aconteceram, acho que todas às vezes, em aniversários de amigos.
O nosso último rolé foi no começo de setembro, no Shake Baby; aniversário de uma amiga querida. A banda da noite era, ninguém mais, ninguém menos, que Henry Paul Trio. O Henry Paul, vocalista da banda, é amigo do Sil, e antes do show começar, ficaram trocando idéia sobre... Sei lá. Mas o mais importante é que, desse papo todo, saiu a informação de que a banda toca, quinta sim, quinta não, num barzinho na frente do metrô Guilhermina, á 3 minutos (literalmente) de casa.
E daí que ontem deu certo dar uma passadinha lá. A idéia inicial era deixar Luna com meus pais (no Tatuapé) e depois voltar para buscá-la; mas o cansaço estava tão grande que resolvemos levá-la junto e ver qual era a do lugar. Se fosse muito inapropriado para um bebê, voltaríamos rápido.
O lugar é bem gostoso, tem uma área a céu aberto e um espaço bacana dentro do barzinho. A gente ficou lá fora até começar o show. Mas e a fumaça do cigarro de alguns fumantes chegavam em nós. Como eu sabia que a banda começaria a tocar a qualquer momento, deu pra segurar.
21h10, hora de ouvir o bom e velho rockabilly. A bateria e o contrabaixo eram acústicos e só a guitarra era eletrônica. Mas assim que a primeira música começou, percebi que o som era um pouco mais alto do que eu gostaria que Luna absorvesse. A idéia então era ficar um pouco, prestigiar os amigos, matar a saudade de ouvir o ritmo ao vivo e ir pra casa, sem ter a possibilidade de dançar, já que jamais ousaríamos deixar Luna com qualquer estranho que fosse.
E então Silvio teve uma de suas brilhantes idéias. E o diálogo foi assim:
Sil - Vamos dançar?
Eu - Oi?! Esqueceu que tem um neném de nove meses no colo?!
Sil – Eu já dancei com duas mulheres ao mesmo tempo. Seguro Luna num braço e danço com você com o outro.
Como eu vivo apoiando essas idéias do Silvio, topei fazer a experiência. E deu super certo. Luna passou a música com a bocona aberta e um sorrisão nos lábios; às vezes o Silvio me girava e às vezes quem girava era ele... e ela. Sucesso total.
E já vejo o futuro próximo: Luna aprendendo a dançar logo que começar a andar, e Silvio fazendo aéreos com a filha assim que ela tiver estrutura física pra isso.